sábado, 8 de novembro de 2008

Taxa de execução orçamental

Dados da Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças. Notem-se particularmente as taxas de execução.
O primeiro quadro refere-se à execução do OGE em 30 de Junho de 2008 e, portanto, ao OGE tal como aprovado no final de 2007.

O segundo quadro é sobre a execução orçamental nos 9 primeiros meses do ano fiscal/civil (Jan-Set.08) e já se refere, portanto, ao OGE de 2008 depois de rectificado (e alargado para mais do dobro do inicial).

Note-se que as taxas de execução só das despesas pagas ou do total das despesas não são abissalmente diferentes de um quadro para outro. A grande discrepância é, em ambos, a que se verifica entre a execução em termos de pagamentos e a execução em termos de despesas totais (incluindo compromissos; esclareça-se que muitos destes nunca chegam a concretizar-se).

Se contarmos apenas com os pagamentos --- prática usual na maioria dos países ---, a média mensal desde o início do ano terá rondado um pouco menos de 24 milhões de contos. Se se mantiver o mesmo ritmo até ao final do ano as despesas pagas serão, em 31 de Dezembro, de cerca de 288 milhões --- com mais uns 'pózinhos' chega-se aos cerca de 300 milhões num total de 765 inicialmente previstos. Isto representa uma taxa de execução de 40% dos gastos previstos.
O panorama já será diferente, para melhor, se incluirmos os compromissos --- que, como dissemos, nem sempre se concretizam pois muitos são mais "boas intenções" do que comprometimentos "puros e duros", correspondentes a obra feita mas ainda não paga.
Neste caso e se se mantiver a média mensal dos primeiros 9 meses a despesa total chegará aos cerca de 600 milhões de USD. Só que, neste caso, o Fundo de Estabilização Económica será mais utilizado.

Huuummmmmm!...

PS - em tempo: repare-se como no segundo quadro os compromissos assumidos são bem maiores que os pagamentos efectuados. Repito: huuummmm!...

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