segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dia Mundial da Poupança

 

Ora suponhamos...
... que um banco comercial em Timor Leste resolve criar uma conta de poupança com esta finalidade e que a remunera com uma taxa de juro bem mais generosa do que o habitual (cerca de 1%...) --- apesar de não ser uma taxa muito alta e, principalmente, de continuar a ser uma taxa de juro real negativa devido ao alto valor da taxa de inflação (provavelmente 12% em 2012).
A contrapartida da taxa mais alta pode ser o compromisso de que ela só será paga se o depositante se comprometer a "alimentar" o depósito regularmente e a levantar o dinheiro apenas para pagamento de custos de educação e não antes de decorrido um período mínimo --- por exemplo 2 ou 3 anos...
Suponhamos que abrimos a conta com 200 dólares e que se assume o compromisso de depositar 10 dólares todos os meses.
Ao fim de cinco anos investiram-se/depositaram-se 800 USD e recebeu-se um juro de 78,79 USD. O total a receber  será então de 878,79 USD a serem usados, por exemplo, no pagamento de estudos universitários.

 

Outro exemplo: um depósito inicial do mesmo montante e um depósito semestral de 100 USD. O depósito seria apenas por 3 anos.


O total a receber no final dos 3 anos seria de 841,64 USD. Se o depósito fosse a 5 anos o saldo final a receber seria de um pouco mais de 1.300 USD.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Veremos até onde chega a burrice humana...

(Pelo menos a de certos ministros...)

O Fundo Monetário internacional acaba de publicar as suas estimativas para a evolução da economia mundial (e de muitas economias em particular) para o próximo ano, 2013. Veja-se uma síntese no quadro abaixo:


Por ele se pode verificar que se espera agora que em 2013 a taxa de crescimento do produto mundial esteja 0,3 pontos percentuais abaixo do que se esperava há ainda poucos meses (Julho passado).
De notar que, como é usual, algumas economias vão ser mais afectadas do que outras. É o caso, por exemplo, da Espanha, com cuja economia a portuguesa está hoje tão interligada, "engripando-se" a nossa quando a espanhola começa no "funga-funga".
A própria Alemanha, o "motor" da Europa, vai sofrer uma "talhada" de 0,5 pontos percentuais no seu crescimento entre 2012 e 2013. Esta é também a média da "queda" da área Euro em que Portugal se insere.
E face a este panorama "desastroso" da economia internacional (europeia) o que fazem os nossos governantes máximos? Assobiam para o ar e teimosamente apostam em afundar o país até um nível nunca visto (e muito menos sonhado) em vez de aproveitarem o argumento da evolução da economia internacional para aliviarem um pouco o sacrifício a que está exposto todo um povo. De certeza certezinha que quando se fazem eleições é para dar aos governantes a possibilidade de fazerem todos os dislates que querem à revelia de todas as suas promessas eleitorais? Não me parece...

Ao princípio ainda pensei que o Ministro das Finanças e a sombra que paira atrás dele, qual "emplastro" do Porto --- refiro-me ao primeiro ministro, claro... --- eram "apenas" ignorantes, "voire même" burros. Mas agora começo a pensar seriamente se não estão a entrar por um caminho em que podem ser acusados de um monstruoso "crime de lesa Pátria". E por muitas gerações... E ninguém tuge nem muge?!... O que andam a fazer os outros órgãos de soberania?!... Simplesmente encolhendo os ombros e assobiando para o lado porque "eles" foram eleitos para governar? Há pois foram! Para governar e não para desgovernar de tal forma que estão a empurrar meio mundo para fora do país. Nunca vi! Nunca esperei ver... É incrível que se veja e que ninguém faça nada... A não ser comprar mais carros blindados, não vá o diabo tece-las...
É preciso gritar bem alto: o Rei vai nu!... É que pelos vistos não há pior "Salazar" que um que tenha sido eleito... soît disant democraticamente. Como dizia o meu pai (esta é a versão soft, não se assustem): "vão-se catar!..."

domingo, 14 de outubro de 2012

Dados estatísticos do FMI sobre Timor Leste, Out2012



Uma moeda única, como o Euro, para o Sudeste Asiático (and beyond)?

Em reunião dos ministros das Finanças da ASEM (que reune os países da ASEAN/Sudeste Asiático) realizada ontem voltou a vir "à baila" o assunto da criação de uma moeda única para a região.
Face ao facto de Timor Leste NÃO ter moeda própria e considerando a experiência do Euro --- em que os pequenos países parece terem mais difuldades que os outros em suportar as consequências de uma política de moeda única para um espaço economicamente tão diversificado ---, este é um tema muito interessante a seguir no futuro. Veja-se aqui o link para a notícia.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estimativa do FMI para a inflação em Timor Leste em 2012: 12%

O FMI acaba de publicar, a propósito da realização neste próximo fim de semana, em Tóquio, da sua conferência anual conjunta com o Banco Mundial, o seu World Economic Outlook do Outono.
Na base de dados estatísticos que o acompanha, a previsão para a inflação em Timor Leste para 2012 é de 12% --- um pouco menor que os 13,5% de 2011 e a exigir alguma reflexão sobre a hierarquia dos objectivos da política económica no país ou, pelo menos, uma melhor articulação entre os objectivos "crescimento da produção" e "estabilidade dos preços".
Note-se que aqueles valores indicam que quem não viu alterado o seu rendimento de base nos últimos dois anos perdeu, no conjunto, um pouco mais de 1/4 do poder de compra que tinha no início de 2011... 25%!