sábado, 15 de novembro de 2008

Meio caminho andado para tudo ficar na mesma (ou quase?)

Pois é. Segundo o "Público" de hoje...

"A UE, que não perde uma oportunidade para apontar a desregulação americana como a causa da crise, quer submeter todos os produtos financeiros, instituições e mercados financeiros a uma regulação "apropriada e proporcional", em paralelo com medidas como o reforço da vigilância das agências de notação de crédito ou a eliminação dos incentivos aos comportamentos de risco. No centro deste processo de regulação, os europeus gostariam de colocar o FMI."

Deixem-se disso! Colocar o FMI no centro do processo não será necessariamente o mesmo que "entregar o ouro ao bandido" mas é, certamente, a coisa mais próxima disso...
Há instituições que, na minha opinião, são "irreformáveis" e ele é, provavelmente, uma delas. Não porque mudar de Director-Geral e/ou de Estatutos não sejam um passo importante mas porque a maior parte do pessoal que lá está foi contratado dentro de uma determinada lógica, "auto-alimentou-se" e "auto-reproduziu-se" d/n-ela e dificilmente conseguirá mudar a sua maneira de actuar porque os vícios de raciocínio e de acção tenderão a gritar mais alto.
Por isso e se quiserem alterar DE FACTO alguma coisa tratem de arranjar outro que desempenhe cabalmente a missão de criar regras para uma regulação efectiva e eficaz.
Não o fazer é deixar passar a melhor oportunidade dos últimos 30-40 anos para pôr ordem num capitalismo (financeiro quase selvagem) que, até se encontrar melhor alternativa, ainda é o melhor que se arranja...

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