Se o "rendimento sustentável" para este ano tivesse sido calculado hoje tendo em consideração o preço médio do petróleo desde o início de 2009 (40,50 USD/barril) ele seria de cerca de 240-250 milhões de USD e não, como consta do OGE2009, de cerca de 400 milhões.
O que não deixaria de ter fortes consequências sobre o valor global do Orçamento, que certamente veria comprometidos muitos dos projectos que dele constam.
Para se ter uma ideia da importância do impacto refira-se que a diferença de 150 milhões é bem mais que TODO o orçamento para este ano do Ministério das Infraestruturas (130 milhões USD).
Esta instabilidade deveria ser mais tomada em consideração na formulação dos Orçamentos, já que, aparentemente, o rendimento sustentável é apenas "mais ou menos sustentável"...
Não descurando as necessidades de desenvolvimento do país, terá de haver, no processo de formulação dos OGE anuais, um melhor enquadramento das capacidades de financiamento numa perspectiva de médio prazo (e não no curto prazo) e das próprias capacidades de execução orçamental.
É que por vezes fica-se com a sensação de que na formulação do orçamento se toma mais em consideração o que há HOJE na algibeira para gastar do que o que haverá na algibeira num período de cerca de 3 anos (p.ex.) e as despesas que somos capazes de efectuar. Mais olhos que barriga?
Sem comentários:
Enviar um comentário