Hoje é dia de falar de Portugal e das nossas maleitas.
Há tempos que ando a remoer esta "coisa" do banco BPN e de todo o romance à volta dele e da falha ou não falha da supervisão bancária. O "copo entornou-se" quando ouvi as declarações de Miguel Cadilhe no nosso parlamento.
Entre muitas outras coisas defendeu a tese de que o Governador do Banco de Portugal lhe devia ter dito, de forma confidencial (sic) e antes de ele tomar posse, que o BPN estava numa grande enrascada evitando-lhe a "chatice" de tomar a direcção do banco para depois ser "defenestrado".
A minha alma ficou parva! Então o Dr. Cadilhe acha que o Governador do Banco Central de um país --- qualquer que ele seja --- tinha a obrigação de não o deixar meter-se na alhada em que se meteu quebrando o sigilo bancário a que está obrigado? Endoidou? Então os accionistas e os anteriores gestores do banco não lhe disseram nada e o Governador é que tinha que dizer antes de ele tomar posse --- isto é, quando não tinha nenhuma ligação institucional ao banco? E se tivesse dito quem garantia que agora o próprio Dr. Cadilhe não estava agora de dedo estendido "dedurando-o" --- adoro esta dos brasileiros!... --- perante a comissão parlamentar que investiga o caso?
Como é possível um homem que foi ministro das Finanças dizer tal coisa? Passou-se!...
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