domingo, 4 de janeiro de 2009

E finalmente...

... gostaria de saber se, na tomada de decisão sobre como produzir a electricidade de que o país precisa (a que ritmo?), foi tomada em consideração a possibilidade de parte dela vir a ser produzida utilizando o gás natural, nomeadamente se se concretizar a instalação do terminal do gasoduto na costa sul de Timor-Leste. Alguns parece justificarem a dimensão (grande? A ver vamos...) das centrais eléctricas com a necessidade de apoiar o desenvolvimento industrial do país, nomeadamente o do sector petrolífero. Mas quando esse sector é, ele próprio, produtor de uma fonte possível de energia, porque não utilizá-la?

Pergunta de ignorante no assunto: a central a instalar na costa sul terá a possibilidade de ser reconvertida facilmente do uso do óleo pesado para o gás se este estiver disponível? O mesmo, aliás, se pode perguntar quanto à central a instalar em Manatuto.

Moral da história: as perguntas são tantas que teria sido "giro" se tivesse sido editado uma espécie de "Livro Branco" sobre as alternativas em cima da mesa e a justificação para a opção tomada. A edição deste tipo de documentos (e a sua sujeição a discussão pública) é um acto saudável de democracia e de transparência, particularmente quando estão em causa investimentos tão vultuosos à escala nacional e que irão condicionar o futuro do país nas décadas mais próximas. Fazê-lo teria, de alguma forma, uma função pedagógica importante. Como a que se procurou fazer, por exemplo, aquando da criação do Fundo Petrolífero.
Aqui fica a sugestão.

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