A frase "e pur si muove" foi, reza a tradição, a que foi dita por Galileu referindo-se ao movimento da Terra depois de o ter negado "por conveniência de serviço" perante a Inquisição, que parece que tinha outra opinião e meios muito "persuasivos" de convencer quem duvidasse...
Neste caso aplica-se ao preço de petróleo, que continua em baixa, consistentemente baixando, baixando...
Está neste momento nos cerca de 73 USD/barril, valor que tinha sido "avistado" pela última vez no Verão do ano passado e que é cerca de metade do preço máximo atingido no Verão deste ano (mais concretamente a 15 de Julho (há apenas 3 meses!), quando atingiu os 145,18 USD/barril.
Isto remete para especiais cuidados na gestão dos recursos do Fundo Petrolífero já que o tempo das "vacas gordas" parece, para já, ter terminado. Por isso, numa altura em que toda a gente está já a pensar no próximo Orçamento, é bom que se pense também na política de poupança/gastos a partir do Fundo. E talvez, mesmo, de "deixar cair" a ideia de retirar do Fundo, este ano, mais que o rendimento sustentável. Até porque a evolução posterior ao seu último cálculo veio dizer que se estava a contar com o ovo ainda no local de onde ele sai das "manu hina" ou, em português "adaptado" por um amigo meu, das "galas" (que são, como se sabe, as mulheres dos galos...
Isto é: afinal aquele rendimento sustentável não era lá muito sustentável, pois não?!...
Isto veio trazer ao de cima uma outra questão mais profunda: a de que está na altura de pensar numa outra forma de determinar o que se poderá retirar do Fundo Petrolífero. Se as estimativas quanto à evolução futura do preço do petróleo, as quais servem de base à determinação desse rendimento, são tão falíveis (para cima e para baixo...), porquê insistir em utilizá-las como ÚNICA base do cálculo?
Vamos puxar pela cabeça?
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