terça-feira, 10 de novembro de 2009

Diálogo imaginário (qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência... :-))

Durante a visita oficial de uma delegação da Real República do Jácaquistaun à Zunguolândia, o Primeiro Ministro e o Ministro do Cacau daquele país foram recebidos pelo Presidente do segundo.
Na conversa foi abordada a certa altura a questão do financiamento pelo governo da Zunguolândia da compra de geradores para instalação de uma central eléctrica.

Presidente Zunguolandês (PrZ): O senholes quelem financiamento pala quê? Pala complal fello velho?

PM Jácaquistanês (PMJá): Não, Sr. presidente! É para uns geradores que comprámos aqui por tuta e meia!... Mas ainda assim é bué de cacau e aqui o sr. Ministro do Cacau diz que não pode ser por que o petróleo baixou de preço e agora estamos "apertados" de dinheiro.

PrZ: Mas é disso mesmo que estou a falal! De fello velho que ía pala a sucata! O senhol PMJá desculpal-me-á mas não podemos financial isso. Está a vel com que cala ficalíamos pelante os nossos amigos? Diziam logo que estavamos a vendel gato por leble a um país que nos melece todo o calinho e atenção. Na! Nada feito!... Pala isso não podemos emplestal dinheiro.

PMJá: Mas então como ficamos? Às escuras? E nós que prometemos aos nossos concidadãos que no Natal ía haver luz para todos, incluindo para uma árvore de Natal no cimo da montanha mais alta do nosso país, o Vôvôlau!...

PrZ: Pois... Isso é ploblema seu, meu calo amigo!... Assim pala um plazo tão culto a única coisa que posso fazel é emplestal umas lantelnas com pilhas para iluminal e uns quilómetlos e quilómetlos daquelas luzinhas que piscam-piscam para colocalem nas álvoles. Como sabe depois plecisamos delas para as comemolações do nosso Ano Novo, no fim de Janeilo. Pol isso telão de desmontal tudo no início do mês e depois envial para cá pela DHL...

PMJá: Não! Isso não pode ser! Temos que encontrar outra solução. Até porque só desmontamos as iluminações depois do Dia de Reis. É muito apertado para depois estar cá tudo de volta antes do fim de Janeiro.

PrZ: Ah!... lemblei-me de uma coisa! Só se fizelmos assim: em vez do fello velho que queliam complal podemos financial a compla de uns geladoles novinhos em folha. Assim vocês ficam mais bem selvidos e nós também polque assim damos tlabalho aos nossos tlabalhadoles que, com a clise que aí anda, não ganham nem pala o alloz... Assim matavamos dois coelhos de uma cajadada só! Vocês são iluminados e nós tlabalhamos. Topa?!...

PMJá: Vamos a ver se eu percebo: se comprarmos os geradores novos os senhores podem financiar a compra mas se forem os velhos não há dinheiro para ninguém! É isso?

PrZ: Sem tiral nem pôl, meu calo amigo!

PMJá: o que diz desta proposta, sr. Ministro do Cacau (MC)?

MC: É boa ideia! Assim quando fizermos o Orçamento já podemos dourar a pílula e dizer aos deputados que vamos ter geradores novinhos em folha a trabalhar com gás ou "pitróil" em vez do "pitróil pesado".
Só fica por resolver um problema: como vamos anular o contrato que já fizemos para a compra dos geradores velhos?

PrZ: Não se pleocupe com isso, senhol Ministlo. Eu resolvo tudo! Desde que vocês nos complem mesmo os geladoles novos. E se alguém pelguntal se houve conculso intelnacional diga que há situações em que o intelesse nacional é mais impoltante que essa ninhalia das leis.


E assim, com fortes abraços, promessas de longa e eterna amizade entre os dois povos (o vendedor e o comprador) e suspiros de alívio dos presentes, partiram todos para o jantar oficial de despedida. E todos viveram felizes para sempre.

2 comentários:

Anónimo disse...

It's funny because its true!

h correia disse...

AHAHAHHAHA! Simplesmente hilariante!

O Vôvôlau, o ministro do Cacau e as luzinhas piscam-piscam, ahahahhaha.