No documento referido na 'entrada' anterior referem-se, a páginas tantas, um conjunto de estimativas/pressupostos que servem de base às projecções do Banco Asiático de Desenvolvimento para os anos de 2009 e 2010.
Para Timor Leste o mais relevante são as estimativas relativas à evolução do preço do petróleo (neste caso o Brent, embora o que mais interessa para Timor seja o preço WTI; preços de hoje por barril: Brent=67,05; WTI=68,30 USD).
Note-se que o relatório publicado em Abril passado estimava para o preço médio em 2009 do Brent o valor de 43 USD/barril mas agora, face à evolução entretanto verificada, já se prevê que o preço médio se venha asituar nos 63,2 USD/barril. Recorde-se que o OGE de Timor Leste para 2009 previu que o preço médio do WTI seria de 60 USD/barril.
Para 2010 a estimativa do ADB é agora que o preço médio seja de 72,9 USD, quando em Abril estimava que seria apenas de 50 USD/barril. Isto são boas perspectivas para o Fundo Petrolífero --- a concretizar-se o preço médio acima isso significará um aumento de 12,9 USD/barril relativamente ao estimado no OGE de 2009 (um aumento de um pouco mais de 20%) --- e, consequentemente, para o "rendimento sustentável" transferível para financiamento do Orçamento do Estado, que poderá aumentar relativamente a este ano.
Claro que o valor real do "rendimento sustentável" dependerá igualmente a efectiva extracção de petróleo e gás, que já está na fase descendente da curva de produção de Bayu-Undan.
Outro valor com interesse é o dos "US Federal Funds rate", a taxa de juro paga, em média, pelos Títulos do Tesouro dos Estados Unidos, que constituem o principal activo do Fundo Petrolífero.
Essa taxa poderá subir dos 0,1% estimados para este ano para os 0,5% em 2010, o que significará uma ligeira melhoria da rendibilidade dos activos do Fundo Petrolífero.
Asubida da taxa significará que a situação económica que temos vivido estará, em 2010, já em fase mais nítida de recuperação, podendo mesmo acontecer que a subida daquela taxa seja ainda maior que o antevisto aqui. A necessidade de consolidação da recuperação económica e o facto de a taxa de inflação se prever ser ainda baixa poderão, no entanto, levar a uma contenção na política de subidas da taxa de juro.
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