quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uf! Até qu'enfim!... Mas agora é "juizinho e cabeça fresca!..." :-)


Pois é... Esta é uma boa notícia sobre uma boa decisão. Mais vale tarde do que nunca... A decisão está atrasada uns 9 anos mas tudo bem...
Agora é preciso "juizinho e cabeça fresca" para saber aplicar devidamente os recursos a serem assim obtidos. E confesso que entre empréstimos de países e de instituições internacionais daria preferência, em condições aproximadas, aos das instiuições. Acho --- provavelmente erradamente --- que asseguram maior transparência em todas as fases da operação. Isto não quer dizer que os países sejam desonestos, claro.


7 comentários:

Anónimo disse...

Sim realmente e boa noticia e como o Prof. diz, esta decisao ja devia ter sido feita muitos anos atras.

Incomprensivel foi a posicao intransigente do antigo governo da Fretilin liderado por Mari Alkatiri em nao tomar este passo mesmo sabendo perfeitamente que num curto espaco de tempo logo apos a entrada em operacao do campo petrolifero Bayu Undan, Timor estaria em posicao de pagar as suas dividas.

Enchiam-se de regozijo com o facto de Timor nao ter divida externa como se tal divida fosse algo necessariamente mau e ao mesmo tempo lamentavam nao poder fazer mais por estarem dependentes da bondade dos paises doadores e sujeitos as suas agendas que nem sempre iam de encontro com as prioridades do governo.

Quem sabe se assim o tivessem feito ainda estariam no poder pois teriam mais fundos para realizar programas de provisao de servicos basicos que sem duvida agradariam o povo.

Hoje talvez nao estariam na oposicao e a justificarem nao terem feito mais por falta de fundos ao seu dispor.

Foi um erro que podera ter atrasado sem necessidade o desenvolvimento de Timor e possivelmente tera lhes custado o governo.

Anónimo disse...

Caro Professor,

Será que é desta que os Chineses veêm arranjar as estradas, para poder passear com o seu jipinho pelas montanhas?? Eles já andam por aí a pôr postes eletricos, nos morros, não fica mto bonito mas é necessário. Mas os Timorenses é que não querem ajudar a montar esses postes, trabalhar é bom para o Chinês!!!

Beijinhos da Querida Lucrécia

A. M. de Almeida Serra disse...

Em termos de qualidade preferia que fossem japoneses ou mesmo malaios...

Anónimo disse...

Caro Professor,

Ter dívida é bom ou mau? Contrair dívida para? É que toda a gente sabe que existe demasiado dinheiro investido em infra-estruturas, todos os anos, mas resultados zero! Se for para contrair dívida e esbanjar dinheiro, não vale a pena. Ah, esqueci-me, contrair dívida para dar os veteranos (sarcasmo :P)

Cumprimentos

A. M. de Almeida Serra disse...

Claro que a contracção de dívida só se justificará em casos em que a rentabilidade do projecto seja inequívoca.
Uma das vantagens de os empréstimos serem contraídos junto de agências internacionais especializadas é o facto de estas terem critérios bem claros de determinação da rentabilidade dos projectos e só emprestarem se tal se justificar.
Mais: elas asseguram uma qualidade técnica do acompanhamento e da execução dos projectos que empréstimos de países podem não assegurar. Daí a minha preferência pelos empréstimos multilaterais: é que eles trazem consigo também assistência técnica "neutra" que pode não estar assegurada noutros casos... Onde pode haver "alçapões" escondidos que não me agradam...

Anónimo disse...

Caro Professor,

Isso de "multilaterais" é bom mas depois são juros elevados. Com a economia timorense como é, débil, aposto que o rating da dívida vai estar no C (Extremely Speculative).

Mais, será que essas agências podem definir o destino das verbas? E se podem, não existe o risco moral no crédito (o destino do dinheiro ser outro)?

Cumprimentos

A. M. de Almeida Serra disse...

Caro anónimo,

Há alguma confusão no seu último comentário.
Quando me refiro a "multilaterais" aponto para organizações como Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento, principalmente.
Estas organizações financiam projectos com juros MUITO BAIXOS e com "períodos de carência" (em que não se paga nada, no início do projecto) "simpáticos".

Além disso e, para mim muito importante, dão assistência técnica, asseguram qualidade do produto final e não permitem trafulhices nas contas... Percebe o que eu quero dizer, não percebe?!... :-)