Pois é... Esta é uma boa notícia sobre uma boa decisão. Mais vale tarde do que nunca... A decisão está atrasada uns 9 anos mas tudo bem...
Agora é preciso "juizinho e cabeça fresca" para saber aplicar devidamente os recursos a serem assim obtidos. E confesso que entre empréstimos de países e de instituições internacionais daria preferência, em condições aproximadas, aos das instiuições. Acho --- provavelmente erradamente --- que asseguram maior transparência em todas as fases da operação. Isto não quer dizer que os países sejam desonestos, claro.
7 comentários:
Sim realmente e boa noticia e como o Prof. diz, esta decisao ja devia ter sido feita muitos anos atras.
Incomprensivel foi a posicao intransigente do antigo governo da Fretilin liderado por Mari Alkatiri em nao tomar este passo mesmo sabendo perfeitamente que num curto espaco de tempo logo apos a entrada em operacao do campo petrolifero Bayu Undan, Timor estaria em posicao de pagar as suas dividas.
Enchiam-se de regozijo com o facto de Timor nao ter divida externa como se tal divida fosse algo necessariamente mau e ao mesmo tempo lamentavam nao poder fazer mais por estarem dependentes da bondade dos paises doadores e sujeitos as suas agendas que nem sempre iam de encontro com as prioridades do governo.
Quem sabe se assim o tivessem feito ainda estariam no poder pois teriam mais fundos para realizar programas de provisao de servicos basicos que sem duvida agradariam o povo.
Hoje talvez nao estariam na oposicao e a justificarem nao terem feito mais por falta de fundos ao seu dispor.
Foi um erro que podera ter atrasado sem necessidade o desenvolvimento de Timor e possivelmente tera lhes custado o governo.
Caro Professor,
Será que é desta que os Chineses veêm arranjar as estradas, para poder passear com o seu jipinho pelas montanhas?? Eles já andam por aí a pôr postes eletricos, nos morros, não fica mto bonito mas é necessário. Mas os Timorenses é que não querem ajudar a montar esses postes, trabalhar é bom para o Chinês!!!
Beijinhos da Querida Lucrécia
Em termos de qualidade preferia que fossem japoneses ou mesmo malaios...
Caro Professor,
Ter dívida é bom ou mau? Contrair dívida para? É que toda a gente sabe que existe demasiado dinheiro investido em infra-estruturas, todos os anos, mas resultados zero! Se for para contrair dívida e esbanjar dinheiro, não vale a pena. Ah, esqueci-me, contrair dívida para dar os veteranos (sarcasmo :P)
Cumprimentos
Claro que a contracção de dívida só se justificará em casos em que a rentabilidade do projecto seja inequívoca.
Uma das vantagens de os empréstimos serem contraídos junto de agências internacionais especializadas é o facto de estas terem critérios bem claros de determinação da rentabilidade dos projectos e só emprestarem se tal se justificar.
Mais: elas asseguram uma qualidade técnica do acompanhamento e da execução dos projectos que empréstimos de países podem não assegurar. Daí a minha preferência pelos empréstimos multilaterais: é que eles trazem consigo também assistência técnica "neutra" que pode não estar assegurada noutros casos... Onde pode haver "alçapões" escondidos que não me agradam...
Caro Professor,
Isso de "multilaterais" é bom mas depois são juros elevados. Com a economia timorense como é, débil, aposto que o rating da dívida vai estar no C (Extremely Speculative).
Mais, será que essas agências podem definir o destino das verbas? E se podem, não existe o risco moral no crédito (o destino do dinheiro ser outro)?
Cumprimentos
Caro anónimo,
Há alguma confusão no seu último comentário.
Quando me refiro a "multilaterais" aponto para organizações como Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento, principalmente.
Estas organizações financiam projectos com juros MUITO BAIXOS e com "períodos de carência" (em que não se paga nada, no início do projecto) "simpáticos".
Além disso e, para mim muito importante, dão assistência técnica, asseguram qualidade do produto final e não permitem trafulhices nas contas... Percebe o que eu quero dizer, não percebe?!... :-)
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