Desculpem-me o popularismo mas não resisti...
O Orçamento de 2011 foi elaborado tendo como um dos pressupostos o de que o preço médio do petróleo em 2011 seria de 68 USD/barril. Ora, a média das cotações de Janeiro foi de... 89,5 USD/barril! Mais 31%!...
E toda a gente conta que, com ou sem crise no Egito, a cotação continue a subir... E a Energy Information Agency americana estima que o preço médio de 2011 venha a ser de 93,26 USD/barril! 37% acima do preço usado nos cálculos. Mas vai passar essa marca, quase de certeza...
Resultado? As receitas petroliferas vão ser (espera-se...) muito maiores que o esperado. O que significa que os mais de mil milhões de USD que vão ser retirados do Fundo Petrolífero para financiar o OGE vão "fazer mossa" no seu capital potencial mas não tão grande como o que se perspectiva neste momento.
Mas o verdadeiro problema não é esse: o problema é saber se os recursos a gastar vão ser bem utilizados, se o Estado não irá "pagar gato por lebre", se um volume tão grande de despesa não vai ter consequências noutras variáveis --- por exemplo num acelerar da taxa de inflação ---, etc. Isto é: o problema é mais o da eficiência da utilização dos recursos do que o do gastar as quantidades X, Y ou Z de recursos. O problema é o das utilizações alternativas a fazer do mesmo dinheiro e da rentabilidade que a sociedade tira de uma forma ou de outra de o gastar. Ou, dito de outra forma: se não será possível obter o mesmo por menos dinheiro...
Para alguns é claro que o problema é também o de que quanto mais notas aparecerem a espreitar fora da algibeira de quem o tem mais a gula de uns quantos se aguça e a sua imaginação se desdobra em esquemas de ficar com a maior parte possível do bolo... Ainda se o aproveitassem de uma forma produtiva!...
2 comentários:
Como se sabe, a expressão costuma aplicar-se especificando qual a parte do corpo que fica virado para a Lua e significa que o nascituro nasceu sob uma boa estrela, com sorte...
Um possível problema para essa "posição astronomica" é que os EUA e outros países do género estão desesperados por deixarem de estar dependentes do pitról.
Não lhe dou mais de 10 anos que alguém não apareça com uma alternativa viável.
Resultado financeiro para países habituados a estarem virados para o tal astro? Bem,...
E depois? Voltamos à esperança do turismo? Nessa altura vai sêer tarde...
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