É curioso que no comunicado do Conselho de Ministros se fale do OGE de 2010 mas não diga nada sobre a (eventual) revisão do de 2009.
É que as mesmas razões que, como referido, podem levar a baixar o OGE de 2010 relativamente ao de 2009 também podem servir para justificar a "começar o trabalho" desde já. Isto é, seguindo o que se tornou uma tradição --- mas que não é obrigatório que se mantenha ---, vai haver ou não uma revisão a meio do ano do OGE-09? E quais são as linhas gerais dessa revisão (em baixa, previsivelmente) ? Vai haver revisão das receitas com origem no Fundo Petrolífero? Onde vão ser feitos os "cortes" nas despesas? Quanto? A sua revisão atingirá principalmente as despesas correntes ou as de capital (de desenvolvimento)? Ou ambas na mesma proporção? Ou em proporções diferentes tendo em consideração, nomeadamente, o que se "adivinha" ser a capacidade de execução dos diversos tipos de despesas --- considerando a experiência do passado recente.
E já agora: se se fizer uma revisão em baixa das despesas para este ano e o próximo, isso significará uma perda de eficácia dos consultores internacionais? A acreditar na maneira como o Banco Mundial nos apresentou as contas da eficácia do projecto de apoio ao Ministério das Finanças, a resposta só pode ser positiva --- embora isso seja um disparate...
Mas o disparate não é nosso...
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