O que nos interessa realçar fundamentalmente é a diferença, quase abissal, de colheita por hectare em Timor Leste (1,6 kg) e na maior parte dos outros países, particularmente os do Sudeste Asiático. Este, naturalmente, é fruto das características do solo mas também de muitos outros factores, nomeadamente o uso ou não de variedades mais produtivas, a existência de secas ou não, o uso ou não de suplementos (adubos, insecticidas), etc.
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A diferença referida é a imagem do muito que, também neste sector, há que fazer em Timor Leste a bem do aumento dos rendimentos dos agricultores e da diminuição da dependência do país em relação à importação do cereal.
Ela é também responsável pelo facto de, segundo cálculos do Ministério e supondo um consumo per capita de 90kg/ano/pessoa, se ter verificado um défice de produção em relação às necessidades globais de consumo de cerca de 47 mil tons --- que tiveram de ser "substituídas" por arroz importado a um preço "carissíssimo", como diria um certo e determinado meu amigo. Se fosse possível aumentar a produtividade por hectare das actuais 1,6 até às 2,5 tons de Bobonaro o país tornar-se-ia aparentemente autosuficientemente em arroz.
Note-se que aquele consumo anual per capita é muito superior à média mundial (58kg/pessoa/ano), muito menor que o registado em países como o recordista mundial, Myanmar/Birmânia (211 kg), e a Indonésia (154 kgs) mas aproximadamente o mesmo que o registado para a China (91 kgs) e as Filipinas e a Tailândia (100 kgs).
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