A taxa de inflação de um país é calculada determinando a evolução do Índice de Preços no Consumidor. Este pretende ser um resumo, com base num determinado mês, do preço de um "cabaz de compras" médio das famílias do país. Nesse "cabaz" um leque de produtos usualmente consumidos entra com determinado "peso" no total.
No caso de Timor Leste são calculados três Índices e por isso há três "cabazes": um para o conjunto do país, outro para Dili e outro para o "resto do país excepto Dili", o "ex-Dili".
O quadro abaixo dá-nos o peso relativo de cada grupo de produtos, subgrupo e produtos em cada um desses 3 "cabazes".
Como se pode verificar o arroz e os vegetais são o "produto" com maior peso seja qual for o "cabaz" considerado. Assim, por exemplo, os 17,2 da linha "arroz" na coluna "Timor Leste" significam que, em média, os consumidores nacionais gastam 17,2% do total das suas despesas de consumo a adquirir arroz. No caso de Dili essa percentagem desce para 15,1% mas no caso do resto do país que não Dili ela sobe para 26,8%.
Os "vegetais" são outro "produto" muito importante na alimentação dos timorenses, com 15,5% das despesas totais.
No total, o grupo da "alimentação e bebidas não alcoólicas" absorve 64,3% dos gastos das famílias nacionais em cada mês. Em Dili gasta-se 61,9% em alimentação e bebidas não alcoólicas mas no resto do país essa percentagem sobe para 75,4%.
Estas diferenças são o reflexo da diferente estrutura de consumos entre os "dilienses" e o resto dos seus concidadãos, sendo a daqueles mais "moderna", como se pode ver pela maior percentagem de gastos em "vestuário e calçado", "habitação", "transportes" ou "educação", por exemplo.
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