Como se pode verificar pelo gráfico acima parece estar-se a atingir o "pico" do actual ciclo de subida de preços das matérias primas, que começou em 1997-98. Desde então os preços das commodities têm aumentado sistematicamente mas, passados cerca de 15 anos, parece que há sinais de que a subida parou e vai começar um ciclo, relativamente longo (o anterior durou cerca de 17-18 anos), de descida dos preços.
A Timor Leste interessa-lhe fundamentalmente o que se irá passar no conjunto dos preços da energia e, em particular, do petróleo bruto (crude) e do gás natural. O gráfico abaixo ilustra o que se passou até agora e "dá um cheirinho" do que está para acontecer.
Como se pode verificar, a descida do preço do gás natural começou nos finais da década passada e o artigo defende que há vários factores que apontam para que a tendência do futuro próximo vá no mesmo sentido. O mesmo acontecerá ao petróleo bruto.
Quanto ao gás natural --- a maior riqueza de Timor Leste ---, as perspectivas parecem ser igualmente "razoavelmente más"... em boa parte por causa do gás de origem betuminosa. O mapa abaixo dá uma ideia das zonas do globo mais ricas neste tipo de gás natural. Como se pode verificar, países como os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil e a China têm grandes reservas e a aposta que este último país está a fazer no aumento da sua produção pode resultar numa descida do preço do gás natural a nível mundial.
Se se vier a confirmar a tendência para os ciclos de descida de preços de 15-18 anos, então Timor Leste tem que "se cuidar" não só em relação às receitas a obter da zona de Bayu-Undan, a única actualmente em exploração, mas também do Greater Sunrise, cuja exploração parece estar a ser "empurrada" para o período de preços mais baixos. Olho vivo!...
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