No gráfico abaixo pode ver-se a evolução da taxa homóloga de inflação em Dili entre os meses de Agosto de 2011 e Agosto de 2012, quando esta atingiu os 11,3%, apenas 1 ponto percentual menos que no mês homólogo do ano passado.
O conjunto dos produtos alimentares, em que a população gasta, em média, quase 57% do seu rendimento gasto em consumos, subiram 12,4%. Os vegetais e as frutas terão subido, respectivamente, 14,1% e 14,5%, respectivamente.
A manter-se a tendência e contando com alguma aceleração da subida de preços que se verifica normalmente no último trimestre do ano é possível que a taxa homóloga de Dezembro deste ano se situe nos cerca de 12-13% (mais coisa, menos coisa...), o que é, sem dúvida, uma significativa melhoria face aos 17,4% de Dezembro de 2011.
Mas ainda assim preocupante pelo que significa de importante perda de poder de compra da população, particularmente da de menores rendimentos, um verdadeiro "imposto" sobre estes. Nestas situações de inflação rápida há sempre uma importante tranferência de rendimentos dos mais pobres, usualmente com rendimentos fixos (salários, pensões, subsídios e similares), para os mais ricos, cujos rendimentos tendem a aumentar ainda mais...
Uma aparente (?) indiferença perante esta leitura "social" da inflação que se nota em alguns decisores de política económica é preocupante, como se fizessem um simples encolher de ombros perante algo que parece entender-se como sendo "apenas" um azar, sabe-se lá se com origem no diabo ou nalgum antepassado mais "retorcido" que resolveu estender a sua maldição aos que por cá andam por não terem pago o resto do seu barlaque...
Não! Não é "azar" nenhum! É o resultado de uma deficiente hierarquização dos objectivos da política económica.
1 comentário:
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