quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mais sobre as Contas Nacionais de Timor Leste

Os gráficos abaixo apresentam a evolução do PIB não petrolílero (non-oil) e mão UN (non-UN) de Timor Leste entre 2004 e 2010 a preços constantes de 2010.



Como se pode verificar, nos últimos anos houve um forte crescimento da participação do Estado na economia (de 45% para 70%), tal como do peso das importações (de cerca de 60% para cerca de 100%), que têm no final do período um valor quase igual ao do total do PIB. Estas importações de bens e serviços entram a "descontar" no cálculo do PIB (PIB = Consumo das famílias + Gastos do Estado + Investimento + Exportações - Importações).
Verificou-se também um importante aumento do valor e do peso do investimento mas a maior parte dele foi da iniciativa do Estado. De facto, no final do período (2010) o sector público foi responsável por cerca de 300 milhões de USD de investimentos enquanto que as empresas (sector não petrolífero) terão investido naquele ano apenas 95 milhões e as famílias 23 milhões.
Por sua vez, os consumos público e das famílias são quase iguais.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A economia de Timor Leste aos olhos do Banco Mundial

No dia 23 de Maio passado o Banco Mundial publicou um update do seu relatório sobre a economia (e as economias) da Ásia Pacífico. 
As páginas (2) sobre Timor Leste estão abaixo.


sábado, 19 de maio de 2012

Produção petrolífera no "Mar de Timor": mais gás que petróleo

As Contas Nacionais recentemente publicadas discriminam, neste caso para 2010, o tipo de produção do Mar de Timor:

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mais Contas Nacionais... Uma síntese para 2010


Nota: NPISH = organizações não governamentais...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ó pra elas!... :-) (as Contas Nacionais)

Os dois volumes (em inglês) das Contas Nacionais de Timor Leste para o período 2004-2010 publicados pela Direcção Nacional de Estatística estão disponíveis no "site" da mesma aqui:
vol I: dados estatísticos
vol II: metodologia

Boa!... :-)

Mais Contas Nacionais...


terça-feira, 15 de maio de 2012

Produção petrolífera de Timor Leste

A Direcção Nacional de Estatísticas de Timor-Leste acaba de publicar (hoje, na reunião com os doadores internacionais) um livro com as Contas Nacionais do país. Dele retirei os dados abaixo sobre a produção petrolífera do país (incluindo a parte "timorense" da zona de exploração conjunta com a Austrália).



Post scriptum: o vol II das Contas Nacionais dá várias informações essenciais sobre a metodologia utilizada e que corresponde ao que está estabelecido nos manuais apropriados da ONU. Uma informação uito importante é a de que na repartição do valor da produção petrolífera da zona de exploração conjunta (ZEC) com a Austrália, onde se situa o principal campo petrolífero que gera rendimentos para Timor Leste (Bayu Undan), a divisão do valor global da produção é igual à utilizada para a divisão dos rendimentos fiscais da zona: 90% para Timor Leste e 10% para o vizinho do sul. "Na prática isto significa que 90% da produção da ZEC é considerada como sendo levada a cabo por entidades residentes em Timor Leste" e por isso considerada como produção deste país.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Postos de trabalho no Banco Central de Timor-Leste

O BCTL vai abrir novos postos de trabalho destinados a cidadãos de Timor Leste com habilitações específicas para cada posto. Veja abaixo o anúncio das vagas e saiba mais através do site do Banco em www.bancocentral.tl

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Previsões da UNESCAP para Timor Leste, 2012

No relatório referido na entrada anterior, num quadro da página 25, constam as seguintes previsões para Timor Leste (2012): taxa de crescimento do PIB = 10%; taxa de inflação = 11%.
Esta última previsão está ligeiramento abaixo da do FMI, que refere a taxa de 13%. Segundo os dados de que dispomos até agora, a nossa própria previsão para a taxa de inflação aproxima-se mais da da UNESCAP que da do FMI.
Veremos o que a evolução efectiva dos preços em 2012 ditará como resultado final da taxa de inflação. Seja como for, uma coisa parece certa (infelizmente): será "muita"... :-)

Situação económica e social na Ásia e Pacífico


A organização das Nações Unidas para as economias da Ásia e Pacífico, a UNESCAP, com sede em Bangkok, publicou esta tarde o seu relatório anual sobre a situação económica nos países que cobre.
Pode ver aqui o referido relatório e fazer o seu download em PDF.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Ministério das Finanças de Timor Leste disponibiliza no seu "site" o relatório de execução orçamental de 2011. Veja abaixo o quadro de síntese da execução quer das receitas quer das despesas (recorrentes e de desenvolvimento/capital).


Note-se a taxa de execução global das despesas: 84%, com 81% nas despesas de capital, a esmagadora maioria delas relacionadas com o projecto de electrificação do país.

Boas notícias? A ver vamos...

A FAO, a organização da ONU para a agricultura, acaba de divulgar o boletim sobre a evolução dos preços internacionais do arroz.
Por ele pode-se constatar que entre Abril do ano passado e Abril deste ano os preços do arroz com origem no Vietname (de onde vem a esmagadora maioria do arroz importado por Timor Leste) baixaram quer nas qualidades mais altas quer nas mais baixas. Infelizmente os dados divulgados dizem respeito apenas ao arroz com 5% de quebra (o melhor) ou com 25% de grãos "quebrados". Da lista não consta o de 15% de quebra, o mais consumido entre nós.
O preço do de melhor qualidade baixou 5,7% (de 457 para 431 USD por ton colocada a bordo do navio no Vietname - FOB=Free on bord) e o de menor qualidade baixou 8,8%. Esta queda dos preços do arroz traz boas perspectivas para uma (ligeira?) queda do preço do arroz entre nós e, por isso, para alguma "folga" no sentido da baixa da inflação.
Resta saber se os importadores timorenses vão ou não reflectir para os consumidores esta queda dos preços. Não me admirava que "assobiassem para o ar" e não o fizessem... Não seria a primeira nem a última vez.

Aliás, esta questão levanta uma outra muito mais geral e bem mais importante: a da transparência do funcionamento dos mercados entre nós e a existência (ou não) de (eventuais) poderes de oligopólio (poucas empresas grandes em mercados em que "dominam" os preços com, eventualmente, algum conluio entre elas...).
Há sectores em que esses poderes são mais evidentes do que outros. Desconfiamos (desconfiamos apenas...) que o das obras públicas é um deles... "O Estado paga!...". (Mais) concorrência, precisa-se...