quinta-feira, 29 de março de 2012

Assim não brinco... :-)

O La'o Hamutuk publicou recentemente um estudo seu em que pretende demonstrar que o país estará falido em 2018 ou, na melhor das hipóteses, a partir de 2022.

Fica, para nós, a principal mensagem: a da necessidade de se fazer uma gestão (mais) cuidadosa dos dinheiros públicos sob risco de se estarem a assumir compromissos desmesurados relativamente aos recursos disponíveis no futuro.
Mas...
No melhor pano cai a nódoa e vários dos pressupostos da análise são quase infantis...

Admitindo como verdadeira a hipótese do estudo de que dentro de cerca de 6 anos o Fundo Petrolífero fica "seco" e, por isso, o OGE fica sem a sua principal fonte de financiamento gerando défices das contas públicas a crescer quase "verticalmente", como é possível considerar que, mesmo a partir dessa altura, sem dinheiro e sem ninguém que o empreste (só um doido o faria com tal panorama...), as despesas públicas vão continuar a crescer à taxa anual de 14%, primeiro, e de 11%, depois (a partir de 2026, inclusivé). "No money, no honey"!...
Mais: conhecendo o que se conhece do funcionamento da economia timorense e sabendo-se da importância dos gastos búblicos na dinamização da economia nacional, é simples concluir que o crescimento do produto (PIB) entrará em colapso, com taxas negativas (a acreditar no raciocínio do LH). Mas a ser assim como se compatilibiza isto com o crescimento das receitas ficais domésticas à taxa mirambolande de 25% ao ano quase "ad eternum"...
Nah!... Estas contas, do tipo designado por um amigo meu como "se o meu carro crescer a este ritmo depois de amnhã será um camião", não me convencem. E assim não brinco. :-) Adoro "brincar com os números" mas mesmo as brincadeiras têm de ser bem feitas para darem gozo...

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