O quadro abaixo refere-se à taxa de variação do PIB, nomeadamente de Timor Leste, no período de 2017 (real) a 2019 (projeção no OE2018). Como se pode verificar, em boa parte devido à crise política que o país vem atravessando desde meados de 2017, a taxa de variação do PIB neste ano foi fortemente negativa. O OE18 prevê, particularmente devido aos gastos públicos que se espera vir a fazer no resto deste ano, um crescimento de 0,6% em 2018. Note-se que isto significa uma quase estagnação da economia ao valor do ano passado. A subida da taxa em 2019 para 4,5% significa, se for efetivamente alcançada --- o que dependerá também da estabilidade política que se conseguir entretanto ---, que em 2019 o PIB de Timor Leste será, no final do ano, praticamente igual ao de 2016! Crescimento para além deste nível só mesmo em 2020. Se todos "se portarem bem", whatever it means...
Valores observados e previsões para a taxa de inflação em Timor Leste. Como se verifica, esta tem sido historicamente baixa nos últimos anos e não se antevem grandes motivos para subir até aos 2,7% em 2019. Mas neste mundo da economia "previsões (certas) só no fim do jogo"!..
Segundo os dados acima do OGE18, pretende-se gastar em 4 meses (SET-DEZ18) 700 milhões de USD (uma média de cerca de 160 milhões /mês). Nos primeiros 8 meses, em regime de duodécimos gastaram-se 500 milhões, a uma média de cerca de 65 mihões/mês. A garrafa está meio cheia ou meio vazia? Admite-se que parte (importante?) do dinheiro é para pagar dívidas atrasadas provocadas pelo regime de duodécimos.
Se as despesas nos últimos 4 meses do ano fossem feitas ao mesmo ritmo das do primeiro semestre, o orçamento anual seria de apenas cerca de 800 milhões. Uma queda muito significativa em relação ao ano de 2017 e a anos anteriores, por exemplo. "Brincando com os números" (das despesas e das receitas...) poderiam fazer-se cálulos para uma despesa de, por exemplo, cerca de1000 milhões de USD em 2018, com 700 de despesa corrente e 300 de despesa de capital. "Penso eu de que"!... )
O valor para o Ministério da Educação em 2017 deve ser comparado com a soma deste com o do Ensino Superior em 2018 (86 vs 74,7 milhões aproximadamente)
Valores ("grosso modo"/arredondados): Despesa total: 1300 milhões; transferências do Fundo Petrolífero (total): 1.000 milhões; receitas petrolíferas: 600 milhões; excesso retirado do FP para além das suas receitas de 2018: 400 milhões; receitas não petrolíferas: 200 milhões
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