Uma consulta ao "Portal da Transparência Orçamental" de Timor Leste permite estabelecer o panorama dos gastos em infraestruturas --- ou, melhor, das principais, juntas no "Fundo de Infraestruturas" --- do país.
O quadro abaixo sintetiza essa informação para o total do período 2011-14.
Como se pode verificar, do total de gastos enquadrados no Fundo naquele período (2,4 "biliões orçamentados mas "apenas" 1,4 efectivamente gastos), 66,7% (correspondentes, até agora, a mais de 900 milhões de USD) foram-no no projeto de electrificação do país e que incluíu a construção de duas centrais térmicas (uma na costa norte, nos arredores de Dili; Hera; 7 grandes geradores instalados) e outra na costa sul (arredores de Betano; 8 geradores) e de uma extensa rede de alta e média tensão para distribuição da energia. Estas centrais foram, como se sabe, construídas com pagamentos "cash", sem empréstimos, à empresa chinesa que lidera o projecto.
A construção/reparação de estradas e pontes, envolveu cerca de 13,4% dos recursos dispendidos, num total de quase 190 milhões de USD.
Electricidade e vias de comunicação são, pois, responsáveis por 80% da despesa do Fundo --- correspondentes a cerca de 1,1 "bi" dos 1,4 "bi" pagos. Os restantes 20% foram gastos em diversos projectos identificados no quadro acima. Estes incluem quase 35 milhões para "habitação" --- essencialmente as "casas MDG" ou "do milénio", aglomeradas em "bairros de, por vezes, mais de 200-250 habitações pré-fabricadas --- e 34 milhões para o "sector das Finanças", esencialmente o prédio de 11 andares construído em Dili para sede do Ministério das Finanças.
Por sua vez a construção de "Escolas" envolveu uma verba de 5,8 milhões de USD e a de hospitais 6,4 milhões ao longo dos 4 anos do período 2011-2014.
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