Quem mexe com Economia mexe com estatísticas e estas devem ser fiáveis para que as análises --- o "diagnóstico" que os "médicos" fazem ao "doente" ... --- sejam corretas e as eventuais alterações a introduzir sejam bem fundamentadas.
Em Timor Leste nem sempre isso acontece. Os principais problemas parece colocarem-se ao nível das estatísticas de comércio internacional já que nos últimos tempos têm sido introduzidas alterações em relação ao "usual" que impedem que as estatísticas sejam usadas sem "muita cautela e caldos de galinha"... ;)
Na verdade, em 2013 fomos "brindados" pelas Alfândegas de Timor Leste por alterações dos critérios para a elaboração das estatísticas que tornam impossível a sua utilização sem muitos cuidados.
Refiro-me, por exemplo, ao facto de terem decidido, no ano passado, incorporar --- coisa que nunca tinham feito até então --- o valor nominal das notas importadas pelo Banco Central de Timor-Leste no valor das importações. Para terem uma ideia do resultado desse procedimento recordo que o valor das importações do Capítulo 49 da pauta aduaneira em 2012 foi de 7 milhões de USD (tinha sido de 373 mil USD em 2011) e em 2013 foi de...317,7 milhões de USD! Tudo resultado da decisão referida.
Em 2014 a história repete-se, agora em relação à moeda: em 2013 as importações registadas no Capítulo apropriado, o cap. 71, foram 890 mil USD. Este ano, em Maio, foram registados 208 milhões de USD.
Isto tudo para salientar que quando se estuda a economia de Timor-Leste e particularmente o seu comércio internacional é necessário muito cuidado porque os dados dos vários (últimos) anos NÃO são completamente comparáveis entre si. A paciência que é preciso ter!... Ai Maromak!
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