A Direção Geral de Estatística divulgou agora as contas nacional para 2012. Elas podem ser consultadas aqui: http://www.statistics.gov.tl/wp-content/uploads/2014/07/National-Account-2012.pdf.
Do documento deduz-se que a taxa de crescimento do produto interno bruto não-petrolífero foi, em 2012, de 7,8%, quando no ano anterior e segundo a mesma publicação tinha sido de 14,7%.
Repare-se que no relatório de apresentação do Orçamento Geral do Estado para 2014 o Governo disse o seguinte em relação a estas duas taxas de crescimento:
“A taxa de crescimento do sector não-petrolífero do PIB, prevista nos 8,2% para 2012, continua a ser forte, porém está substancialmente aquém da taxa de 2011 [12%]”. In OGE14- Proposta inicial Livro 1 , pg 6
Trata-se, portanto, de uma queda significativa do ritmo de crescimento mas o anterior era insustentável --- até por causa do seu efeito na aceleração da taxa de inflação. Uma taxa mais moderada parece ser mais "saudável".
Mas não basta ver os números globais. É necessário ver também a sua composição. E infelizmente foi principalmente uma componente do "PIB bom", o investimento (Formação Bruta de Capital Fixo), a que permite crescer mais, no futuro, a capacidade produtiva, que teve o pior desempenho já que teve uma taxa negativa de variação (-12,6%), a primeira vez que tal acontece desde 2006.
Por outro lado, o abrandamento da taxa de crescimento do PIB não petrolífero teve como consequência que a sua taxa de variação foi negativa: -1,2%. Foi a primeira vez desde 2005 que se registou uma redução deste rendimento, que traduz, em média, um (muito) ligeiro agravamento das condições de vida da generalidade da população.
Sem comentários:
Enviar um comentário